Bitcoin cai 9% após recorde, analista aponta preço de US$ 150k
O Bitcoin, a famosa criptomoeda, passou por uma correção de 9% desde que atingiu uma máxima histórica de US$ 124.000 em 14 de agosto. Diego Pohl, analista da Crypto Investidor, destaca que essa queda é um ajuste natural e saudável, especialmente após um longo período de alta que começou em abril.
Atualmente, o Bitcoin está cotado em cerca de US$ 113.493, o que representa uma queda de 3,3%. No dia 24 de agosto, o ativo confirmou seu pior fechamento semanal desde julho. Essa movimentação ocorre em meio a uma expectativa de possíveis cortes nas taxas de juros, apresentado pelo presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, durante um simpósio que ocorreu em Jackson Hole. No entanto, essas declarações não conseguiram segurar o preço do Bitcoin.
O clima não está tão favorável assim. Apesar da fala de Powell, a chance de um corte na taxa de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto aumentou apenas 1,6%, segundo a FedWatch Tool. Após o discurso, o Bitcoin teve uma alta momentânea, chegando a testar a faixa de US$ 117 mil, mas essa animação não durou e foi seguida por um vendaval de vendas no final de semana.
Essa queda foi resultado de um movimento de realização de lucros, somado à liquidação de mais de US$ 550 milhões em Bitcoin no mercado de derivativos, apenas no domingo. Uma grande “baleia” trocou cerca de US$ 690 milhões em BTC por ETH, e mesmo assim o Bitcoin conseguiu se manter acima dos US$ 110 mil, o que é uma sinalização de força por parte dos compradores.
Na abertura dos mercados tradicionais nesta segunda-feira, 25, o Bitcoin caiu para menos de US$ 111.000. Agora, está lutando para sustentar um suporte na faixa de US$ 112.000, enquanto muitos se perguntam se a tendência de baixa vai continuar.
### Análise de preço do Bitcoin
Caso o Bitcoin caia abaixo do suporte de US$ 111.800, isso pode indicar mais quedas no curto prazo. No entanto, Diego Pohl ressalta que a tendência de alta que o mercado segue não deve ser afetada. Ele sugere que a próxima região a ser observada é a dos US$ 108.000, onde se encontra a Média Móvel de 21 períodos no gráfico semanal. Essa área poderia ser um ponto de recuperação, fazendo o Bitcoin buscar novamente os US$ 118.000.
Um rompimento dessa resistência poderia sinalizar uma nova onda de alta, com metas entre US$ 150.000 e US$ 170.000. Mesmo que o preço desça até US$ 95.000, isso não quer dizer que o mercado de alta está acabado, já que essa região também coincide com outra média móvel importante no gráfico semanal, a de 50 períodos.
Atualmente, um dos fatores que têm impactado negativamente o preço do Bitcoin é o influxo em ETFs negociados nos EUA e as incertezas sobre a política monetária do Fed. Isso tem deixado o mercado um pouco mais cauteloso e instável.